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Orli fez algumas travessias muito interessantes. Sempre em um baro a remo tipo Dory. Abaixo segue narrativa do próprio, retirado do seu blog Blog de Orli Rodrigues (na íntegra) em http://orlirodrigues.multiply.com/journal/item/2/2



Expedição a Paraty

Mais uma vez o desafio do mar me encheu o coração; é um sonho que aquece a alma.

No dia 16 de março, às 18:00h, parti. Deixei para trás minha querida Praia das Pedrinhas, e a segurança da Baía da Guanabara. Foram 14 dias dormindo no barco, remando em média 12 horas por dia, na ida, e 16, na volta.

Conheci lugares lindos e pessoas maravilhosas. Vivi situações inusitadas; enfrentei o desconhecido; convivi comigo, aprendi de Deus.

Sabia que logo passaria a coluna de pedras do Pão de Açúcar, onde as ondas sempre me assustam, no confronto com as águas do oceano. Antes, parei, sob forte vento e chuva, na colônia de pescadores do Pontal, em São Gonçalo, onde fui auxiliado pelo jovem pescador Luís, que além de me ajudar também me serviu deliciosas cocadas, que ele mesmo fez.

No dia seguinte, enfrentei a passagem para o mar, que, mesmo revolto, acho que me reconheceu, pois abriu passagem e cheguei ao Forte de Copacabana, onde dormi.

Parti na manhã de segunda-feira, dia 18. Remei com forte vento contrário até o Recreio dos Bandeirantes. No "caminho" mar bravio, paisagens majestosas, casas belíssimas em penhascos sacudidos pelas ondas e cardumes de peixes salpicando as águas do mar.

Depois de contornar a Pedra do Recreio, decidi que seria ali onde dormiria, e procurei um ponto seguro para fundear. Depois de várias tentativas, vi que seria inviável. Optei por ir para terra. Pedi ajuda a um surfista local. Ele disse que pegaria mais uma onda e em seguida ajudaria.

Enquanto isso, levantei a âncora e me preparei para aportar, quando o vento levou a tampa do isopor onde guardo minhas coisas. Socorri a tampa, mas ao soltar os remos, um deles caiu no mar...

Pense rápido:

1) Barco à deriva (sem âncora), próximo das rochas (de sete a dez metros).

2) Remo se afastando rapidamente com a correnteza.

3) Barco rumo à montanha, pela ação oposta do vento.

4) Ondas... muitas e altas...

Pensou??? Eu não! (risos)

Tirei a roupa e mergulhei. Nadei forte até o remo e, com a ajuda de Deus, voltei antes que o barco se despedaçasse nas pedras. Eu estava precisando de um banho mesmo... (risos)

Já em terra, passaram dois homens, que tinham me visto passar pela Barra da Tijuca, e eles riram. Nem falei para onde eu ia... Então, conheci o Luiz, experiente mergulhador do local. Pensei: Este vai acreditar! Que nada! Ele foi taxativo: "Só acredito vendo!".

Como insisti na prosa, ele acabou dando dicas importantes para o próximo trecho, e me advertiu: "Cuidado na Restinga da Marambaia!". Eu deveria ter agradecido, apenas, mas fui perguntar o porquê, e ele disse: "Por causa dos tubarões, dos grandes. Se te atacarem, dê com o remo na cabeça deles". Aí fui eu que ri...

Na manhã seguinte, conheci o Peixoto, que me apresentou ao pessoal do Salva-Mar. Todos me acolheram e indicaram as outras guarnições por onde eu passaria. Então continuei o percurso. Planejava ir até Guaratiba, mas depois de remar mais de 12 horas e pela primeira vez ajudado por um vento a favor, atravessei uma vasta região erma, e já perto das 22:00h, decidi parar para dormir, pois não enxergava mais um ponto de referência, e as ondas eram altas, com forte estrondo de suas batidas na praia.

Pela manhã, ao consultar um pescador, descobri que não apenas tinha ultrapassado Guaratiba, como também tinha atravessado toda a Restinga da Marambaia. Estava pronto para a travessia da baía que me levaria até Angra dos Reis, onde cheguei 12 horas depois, com um balde de peixes que ganhei do pescador da Restinga.

Aproximei-me de uma das colônias de pescadores, apresentei-me e pedi que fritassem alguns peixes, ao que fui prontamente atendido, e ainda me indicaram uma bela ilha para eu passar a noite.

Da enseada rochosa e calma, em uma das muitas ilhas de Angra, vi a Lua que brilhava esplendorosa; estrelas cintilantes; nuvens brancas atravessando o céu iluminado; e a espuma reluzente das ondas sobre as pedras.

Senti a brisa morna que vinha do mar sobre a noite fria. Dei descanso aos meus braços, e alegrei os meus olhos, já pouco abertos. Guardei no repouso da alma a dádiva daquele momento eterno.

Na manhã seguinte, às 06:00h, segui rumo à última parte do trajeto. Estava diante da difícil e longa travessia pelo mar, entre Angra e a entrada de Paraty, onde cheguei às 22:00h, e, novamente, aportei na enseada da deliciosa Ilha dos Cocos.

No outro dia, quando me aproximava da entrada da Baía de Paraty, perto das 07:00h, ouvi uma voz me chamar pelo nome: "Orli!". Olhei assustado e surpreso, e vi um homem grande, num caiaque. Ele me perguntou: "Você que é Orli? Orli Rodrigues?".

Era o sargento Jonas, que depois de saber, pelo batalhão do Recreio, sobre a minha expedição, calculou os dias e estava "de campana", aguardando a minha chegada. Ele me levou para conhecer algumas praias das ilhas paradisíacas, de águas transparentes, onde eu podia ver peixes coloridos brincando no fundo de areia branca, entre pedras que cintilavam aos raios do Sol da manhã.

Jonas me levou também para conhecer a sua acolhedora e numerosa família. Destaque para a simpatia do tio Assis, o patriarca. Sua esposa, Solange, preparou um delicioso peixe para o almoço. Depois de seis dias no mar, foi um verdadeiro banquete.

Gratidão

O novo amigo me apresentou ainda à ilha e à marina do Amyr Klink, onde subi a bordo do Paraty, e a prainha do cais, onde conheci o Marcos Lobo, e lá permaneci. Conheci o bondoso Luiz Socco, que me incentivou a ficar mais tempo na cidade, e me construiu, de presente, um par de novas forquilhas (suporte para os remos), em sua oficina.

Ele percebeu que as antigas estavam diferentes (eu havia perdido uma no Recreio, e os pescadores locais tinham me emprestado uma provisória).

Conheci também, além de artesãos, jornalistas, pescadores e comerciantes locais, um outro Luiz, dono do barco Cheiro de Mar, que me deu as chaves para o caso de eu desejar dormir lá, e me telefonou durante a viagem de volta, para falar das condições do tempo, assim como o Jonas.

A Olávia, diretora do Jornal de Paraty, além de me oferecer suporte em sua Redação, também me serviu um delicioso almoço, e publicou uma belíssima reportagem sobre a minha passagem pela cidade.

Nesta expedição, tenho muito a agradecer ao grande amigo Rosenildo (Bida, Quinzinho, Borró), que além de me auxiliar com equipamentos, ligava todos os dias, para saber da minha situação e das condições gerais.

Também sou grato ao amigo Fernando, que me ajudou e me incentivou muito. Agradeço ainda ao empresário Henrique Gonçalves, por sua singela contribuição. Ele foi o primeiro a investir recursos financeiros nas expedições.

Da AB Alfa e Arte Bela (Alessandra e Joselito), vieram os adesivos para o barco. Obrigado a todos que ajudaram, oraram, telefonaram e incentivaram.

Missão cumprida

Era domingo de Páscoa e eu estava lá, sem chocolate, mas em Paraty. Era Domingo da Ressurreição. De repente me bateu uma reflexão. Fiquei pensando no coração de Judas e de Pedro, ambos traidores. Como nós, muitas vezes, não apenas negando a Cristo, mas também nos esquivando daqueles a quem Ele mandou amarmos.

Judas sucumbiu ao peso acusador de sua mente frustrada. Sua consciência o matou. Não alcançou a chegada triunfal da Graça, que já tinha se revelado presente. Pedro, por sua vez, foi um dos primeiros alvos dessa novidade, a Graça. Jesus logo manda chamá-lo, e depois Se encontra com ele.

A Graça o alcança e o transforma. O sentimento de culpa e a acusação, que deveriam tê-lo destruído, desapareceram. Ele foi curado, perdoado, desfeito, mudado pelo contato com o Cristo da Graça. Ele foi habilitado para a vida!

Em Paraty era domingo de Páscoa, era dia de vida!

O elo achado

Às 18:00h, depois de uma entrevista para o Jornal de Paraty, quando me preparava para ir assistir ao especial de Páscoa em uma igreja da cidade, um rapaz começou a me fazer perguntas sobre o barco, que achou parecido com modelos do Rio de Janeiro.

Então me perguntou se eu já havia passado algum perigo. Sorri e disse que sim. Desde a primeira expedição que fiz pela Baía da Guanabara, quando, depois de remar por uma hora até a Ilha de Jurubaíba, olhei para a Ponte Rio-Niterói, achei que era perto e decidi remar até Copacabana, para fazer uma visita.

Depois de remar por mais de seis horas, ainda estava no vão central da ponte. Já ia anoitecer e o tempo virou totalmente, com um tempestivo vento sudoeste. Nuvens carregadas e negras entravam na barra, junto ao Pão de Açúcar. Passou uma traineira e não me fiz de "rogado": Estendi as duas mãos e pedi socorro.

Era o barco João Gabriel, com seu jovem piloto, o capitão Marcelo, e seus oito tripulantes. Depois de piadas e muitos risos, Marcelo me levou a bordo e me perguntou se eu estava com pressa.

Ali vivi a grande aventura de uma noite árdua e real, que os pescadores enfrentam todo o tempo. Em gratidão, orei com eles e declamei uma poesia ("Pescador", do pr. Paulo César, do Grupo Logos). Às 02:00h da manhã foi servido o farto e delicioso jantar, principalmente para mim, que estava sem comer desde as 8h da manhã do dia anterior.

Respondi ao jovem indagador que, nas expedições seguintes que fiz pela Baía da Guanabara, procurei sem sucesso a traineira João Gabriel. Nunca mais consegui contato.

Bom, esse jovem se chama Davi, e disse ter ouvido essa "história de pescador" do próprio Marcelo, seu primo, mas, como tantos, nunca acreditou. Quando ouviu que era verdade, fez festa. Levou-me até sua modesta casa, onde vive com a esposa, dois filhos e outro primo. Me serviu chocolate de Páscoa e fizemos nosso próprio culto de Páscoa. Oramos, conversamos muito, comi um delicioso risoto de frutos do mar e me despedi com o coração alegre.

Na segunda-feira, dia 23, ao meio-dia, comecei a viagem de volta. Às 17:00h terminei a travessia da Baía de Paraty. Parei para um lanche no rancho do "tio" Assis, onde ganhei um cacho cheio de pencas de bananas, e 16 litros da água de sua fonte.

Meia hora depois, parti rumo a Angra, onde seria aguardado às 10:30h do outro dia, pelo casal Cássio e Fabíola, para uma entrevista no seu programa de TV, ao vivo. Decidi pela rota via mar, e não pela costa, pois aumentaria mais um dia ao percurso.

Sabia que enfrentaria a noite no oceano, mas contava com o vento favorável. Um dos oito filhos do "tio" Assis olhou para o céu, apontou para as nuvens e disparou: "Olha ali, ali e ali. Vem chuva de noite, e muita. Olha! Ali!". Mostrava os sinais que interpretava nas nuvens do céu e nas encostas das lindas montanhas, de contornos revelados por um belíssimo pôr-do-Sol. Mesmo assim, caí no mar.

Remava num agradável vento a favor, quando as constelações de estrelas, que no mar parecem mais numerosas, desapareceram. Lá pela 01:00h da madrugada, só via as luzes distantes de meu destino. Então, começou um som trepidante, como nunca ouvi antes. Pareciam pedras caindo da caçamba de um caminhão. Um som forte, gritante. Eu sabia que era a chuva que chegava rapidamente. Temi muito que fosse granizo. Mas se fosse, pensei em me proteger embaixo do barco, no mar. Comecei a operação de chuva: guardei tudo dentro do isopor, para não molhar; troquei a vela que ilumina o barco e sinaliza a minha presença no mar (isso mesmo, uma lanterna improvisada à luz de velas); vesti a capa, etc.

Como eu estava em águas profundas, e a seis horas da margem mais próxima, a opção de jogar âncora foi descartada. Remei forte enquanto ainda podia avistar as luzes de Angra ao longe.

Enquanto isso, o anzol que arrastava pelo mar fisgou um peixe, pois ouvi a linha "cantar". Quando segurei o fio, percebi que era dos grandes, devido à força. Puxei rápido, antes que a chuva chegasse.

Era um filhote de tubarão, de quase um metro! Não havia tempo para esperá-lo cansar; então, assim mesmo, com muito medo, somado ao pavor da noite e àquela circunstância, eu o levei a bordo. Porém me proteger embaixo do barco se tornou uma possibilidade inviável: os pais daquele filhote poderiam estar por perto... (risos)

A chuva chegou, torrencial, mas sem pedras de gelo. A visão da costa desapareceu e por cerca de uma hora me concentrei em tirar baldes e baldes de água do barco. Quando a chuva parou, o vento havia me deslocado. Eram mais de 02:00h e segui na direção do que considerava ser meu alvo.

Logo percebi que não era o ponto de Angra que almejava. Cansado e sem saber onde estava, que rumo tomar, sem mesmo poder jogar âncora, decidi deitar no fundo do barco e dormir. Pela primeira vez deixei o barco à deriva. Entreguei nas mãos de Deus, totalmente, e confiei. Até porque ficar acordado não iria adiantar de nada. Dormi solenemente.

Quando acordei, perto das 06:00h, avistava Angra dos Reis, onde cheguei às 09:50h para a entrevista na TV. O produtor, Cássio, que me buscou na praia, ainda passou na casa da sogra, que preparou um delicioso cozido com o tubarão-mirim. TV, entrevista, almoço, bom papo e mais uma amizade formada.

Saí de Angra às 14:00h; planejava ir até a saída da baía, mas entrou um forte vento contra. Refugiei-me na enseada de uma aconchegante ilha, onde passei a noite.

Eram 06:00h da manhã quando saí rumo ao Costão da Marambaia (Ponta Grossa de Mangaratiba), onde cheguei às 22:00h, depois de 16 horas de vento contra.

Quinta-feira, dia 26, era o início da mais árdua travessia até aquele momento. Eram 06:00h da manhã, estava no início da Restinga da Marambaia, que planejava cruzar em 12 horas, mas o vento continuava forte e contrário.

Tentei me afastar, mas o vento me jogava para a costa, onde ondas de dois a três metros me arrastavam ainda mais. Neste dia, parei às 09:00, às 13:00h e às 17:30h, para comer, beber e descansar por uns 15 a 20 minutos em cada parada.

Na parada das 17:30h já estava bem cansado. Joguei a âncora, mas estava pouco além da metade do percurso, no meio da restinga, um ermo total. Ondas altas, vento forte, atrás de mim a silhueta distante de meu objetivo: Guaratiba.

Na minha frente formava-se uma paisagem lindíssima com o pôr-do-Sol. Mais de 20 quilômetros de praia deserta, areia branca, e das ondas que estouravam na costa subiam colunas brancas, que recendiam com os raios poentes do Sol.

O ar estava impregnado com seu aroma e o horizonte tomado por aquelas colunas fumegantes, que contrastavam com a neblina da vasta planície ao fundo, antes da montanha em forma de vulcão. Mais ao lado, margeando, dava para ver ao longe a cordilheira, que coberta de nuvens em várias formas, multiplicava-se em tons e cores que também cintilavam entre focos de luz e raios flamejantes.

O mar; as ondas; a areia; as colunas fumegantes; o vulcão; a neblina; as nuvens; as montanhas; o Sol e seus raios formaram juntos o mais belo pôr-do-Sol que meus olhos já puderam contemplar e repartir.

Fiquei ali, meditando, contemplando, comendo e bebendo daquela paisagem...

Então anoiteceu.

Fatídico, soprava o vento fortemente. As ondas aumentavam e logo me dei conta de que não seria seguro pernoitar ali. Olhei, vi muito longe as luzes de meu destino e chorei. Chorei porque estava cansado, estava sozinho, distante; minha provisão tinha acabado. Chorei porque sabia a decisão a ser tomada.

Decidi continuar remando na direção de minha meta. E cheguei, depois de remar por sete horas sem parar, embora tenha perdido o rumo algumas vezes, por dormir enquanto remava.

Às 02:00h da madrugada, aportei em Barra de Guaratiba, após remar por 20 horas, e dormi desmaiadamente.

Na manhã de sexta-feira me apresentei no posto do Salva-Mar, onde fui muito bem recebido pelos bombeiros Santana, Marco Aurélio, João e Jair. Tomei café, limpei e fritei meu peixe (daqueles que pesco pelo caminho), comprei suprimento e recomecei meu retorno no mar.

No fim do dia alcancei o Recreio dos Bandeirantes. Fui a terra para agradecer aos salva-vidas Nelson, coronel Andrade e Carlos Peixoto. Eles não estavam, mas deixei mensagem por escrito. Lá conheci o sargento Sérgio, que me atendeu super bem.

Depois decidi prosseguir até Copacabana, mas o vento me obrigou a parar, perto da meia-noite, na Barra da Tijuca. Próximo das torres do Hotel Sheraton. Como eu planejava chegar na sexta e no sábado pela manhã eu ainda estava na Barra da Tijuca, bateu-me um desespero. Para piorar, o vento continuava contrário.

Então fiquei com raiva de tudo. Minha mente começou a formular pensamentos ruins. Quando me flagrei assim, parei. Rememorei o que tinha vivido até ali e discerni que estava incomodado com a demora e, por motivos que até agora desconheço, estava tentando me sabotar.

Bom, decidi remar e remar...

Finalmente entrou um vento a favor, depois de seis dias com ele contra. Logo cheguei a São Conrado, Leblon, Ipanema, atravessei veloz Copacabana, onde pesquei um xerelete graúdo (meu jantar). Avistei a Praia Vermelha e a base do Pão de Açúcar.

O vento já era uma ventania e ao meio-dia atravessei para Niterói entre ondas raivosas. Era o mesmo vento que, agora favorável, impulsionava-me, porém enfurecia as ondas. Parei próximo ao Forte, para comer e descansar.

Vento em popa, segui para a minha Praia das Pedrinhas amada, onde cheguei às 17:30h. Desta vez ninguém me aguardava. Dividi o material de forma que o transportei em três viagens a pé e de bicicleta (20 minutos cada).

Já em casa pude ver minha imagem no espelho, e tomar um banho que não fosse de mar nem de chuva, mas sim de água quente. Usar um vaso sanitário, ver e usar roupas limpas, jantar sentado junto à mesa, conversar em família e dormir protegido por paredes e um teto não mais de estrelas. Mas estas... que me aguardem!


Quer ler mais sobre ele? Acessem o site do Orli, clicando aqui.

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